terça-feira, 21 de dezembro de 2010






Fernando Pessoa na Biblioteca


No dia 16 de Dezembro, vários Pessoas visitaram a biblioteca. Apresentaram-se como Fernando Pessoa, Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Havia ainda um outro que tinha saído do quadro de Almada Negreiros. Sentou-se numa mesa, uma mão segurando um cigarro, a outra pousada numa folha de papel. Não faltavam os restantes objectos: o número dois da revista Orpheu e uma chávena de café.
Eram todos iguais, no chapéu, nos óculos, no pequeno bigode, mas logo se singularizaram quando os seus poemas irromperam acompanhados da peça musical Gymnopédies (1888) de Erik Satie (1866 – 1925). Num écran, desfilavam as fotografias de uma vida – a de Fernando Pessoa. O ser biográfico.
Este foi o encontro possível com o “Pessoa Plural”. Havia outras ideias que não pudemos materializar pelos custos incomportáveis, como a de colocar um manequim, representando Pessoa, entre dois espelhos, para que este caleidoscópio exprimisse a vertigem heteronímica. Assim, vamos pensar que Pessoa destruiu esses espelhos: “E como são estilhaços / Do ser, se as coisas dispersas / Quebro a alma em pedaços / E em pessoas diversas.”
Participaram, nesta encenação, os alunos Rafael Moreira (12º H); Andreia Draque, Beatriz Pereira, Inês Ruxa e Susana Pimenta (12º J). Estiveram presentes os restantes alunos da turma do 12º J, acompanhados da professora Fátima Inocêncio, a quem agradecemos a motivação dos alunos envolvidos e também a colaboração nos adereços utilizados.

Iniciativa dinamizada pelas professoras Maria José Guerra e Luísa Silva.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Exposição/ Concurso de Postais de Natal










O Natal já chegou à Stuart!


À semelhança de anos anteriores os alunos do 7º ano não nos desiludiram e participaram, com empenho, no desafio proposto pelas suas professoras de Francês e Inglês elaborando cartões de Natal onde mostraram, mais uma vez, toda a sua criatividade e imaginação. Também não podemos esquecer a colaboração dos alunos de Alemão.
A escolha foi difícil para os membros do júri dada a grande variedade dos materiais e técnicas utilizadas.
A entrega dos prémios decorreu esta tarde na Biblioteca.

Os premiados foram: Francês - 1º Prémio - Elton Lima, nº9 - 7ºH
- 2º prémio ( ex- aequo) - Ricardo Barroso, nº 27 - 7ºC e
Raquel Pilar - nº 23 - 7ºC
Inglês - 1º Prémio - Xiaohui Cheng - nº 28 - 7ºG
2º Prémio ( ex-aequo) - Ana Carolina Ramos - nº 1 - 7ºC e
Catarina Carvalho nº 7 - 7ºD
Alemão - 1º Prémio - Bárbara Mota - 10ºK

Parabéns aos premiados e a todos quantos participaram. Contamos com o vosso entusiasmo para outras iniciativas que venham a ser lançadas na escola.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Feira do Livro




Feira do Livro

Está a decorrer de 2 de Dezembro a 10 de Dezembro, na Biblioteca da nossa escola, mais uma edição da Feira do Livro.
Com o objectivo de promover a literacia e uma maior interacção com os livros, a Biblioteca da nossa escola organizou mais uma Feira do Livro, com a colaboração do Grupo Leya e da Livraria Britânica. Professores, alunos, funcionários e encarregados de educação têm a possibilidade de aceder a livros em língua portuguesa, inglesa e francesa e a adquirir os títulos que mais lhes interessam a um preço mais acessível.
E, dado que também "Somos o que lemos e quem nunca leu ou quem leu muito pouco, não conhece nem o mundo em que vive nem os mundos em que podemos sonhar”, aqui fica um apelo para que, pelo menos, nestes últimos dias, visitem a feira.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010




Uma cor, uma flor, um poema de cor


Realizou-se, no dia 19 de Novembro, um recital de poesia, na Biblioteca, com a Turma E do 9º Ano.
O título do recital pretendeu exprimir a alegria que deve estar associada à palavra dita, ouvida e partilhada.
De acordo com o programa de Língua Portuguesa do 9º Ano, os textos escolhidos circunscreveram-se ao séc. XX. Assim, foram recitados pelos alunos poemas de Fernando Pessoa, Florbela Espanca, Sebastião da Gama e Sophia de Mello Breyner, entre outros. Sabê-los de cor, do latim "cor", coração, exactamente o espaço mais perfeito para a poesia. De seguida, escreveram, com uma cor, num painel, um ou dois versos de que mais gostaram no seu poema, afixando também a flor que tinham trazido.
Reconhecendo embora que a sua preocupação com a memorização os fez descurar a expressividade, o seu envolvimento foi visível e contagiante.
É, sem dúvida, uma experiência a repetir pelo quebrar de barreiras com a poesia, que a actividade proporcionou, e pela apropriação que cada aluno fez do seu texto.
Celebremos, então, a palavra dita, pois, como escreveu Gastão Cruz,

PALAVRAS NÃO EXISTEM
FORA DA NOSSA VOZ
AS PALAVRAS NÃO ASSISTEM
PALAVRAS SOMOS NÓS

Actividade dinamizada pela Professora Maria José Guerra

terça-feira, 16 de novembro de 2010






MENSAGEM DO EX-SECRETÁRIO-GERAL DA ONU
KOFI ANNAN,
POR OCASIÃO DO
DIA INTERNACIONAL DA TOLERÂNCIA
16 de Novembro de 2006
Fonte: Centro Regional de Informação da ONU em Bruxelas - RUNIC

Os últimos anos têm sido marcados por um acentuado aumento da intolerância, extremismo e violência em todo o mundo. Esta inquietante tendência é estimulada, em parte, pela crescente tendência para definir as diferenças em termos de identidade e não em termos de opiniões ou de interesses.
Em consequência disso, indivíduos e comunidades inteiras são atacados e alvo de violência, simplesmente devido à sua origem étnica, religião, nacionalidade ou outra. Essas ameaças, que vão desde o genocídio em grande escala até humilhações provocadas pela intolerância diária, deveriam ser um motivo de preocupação para todos. Cada um de nós deve esforçar-se por defender os princípios da tolerância, do pluralismo, do respeito mútuo e da coexistência pacífica. Devemos estar dispostos a corrigir estereótipos e preconceitos e a defender as vítimas de discriminação.
O combate à intolerância passa, em parte, por garantias jurídicas. O direito à liberdade de culto e o direito à não-discriminação por motivos religiosos estão há muito consagrados no direito internacional e muitos países incorporaram-nos na sua legislação nacional.
Mas o direito é apenas um ponto de partida. Toda e qualquer estratégia destinada a facilitar o entendimento deve assentar na educação. Há que aprender a conhecer as diferentes religiões, tradições e culturas, para que os mitos e distorções possam ser vistos como aquilo que são. Devemos criar oportunidades para os jovens, oferecendo-lhes uma alternativa credível ao canto da sereia do ódio e do extremismo. E é preciso que, ao mesmo tempo que protegemos a liberdade de expressão, nos esforcemos para impedir que os meios de comunicação sejam usados para propagar o ódio e humilhar as pessoas.
Nada disto acontecerá se personalidades influentes e instituições públicas não chamarem a si essa tarefa. (…) Mas às iniciativas públicas devem somar-se esforços individuais. Assim, neste Dia Internacional da Tolerância, reafirmemos que a diversidade – de ideias, de convicções e de maneiras de agir - é um dom precioso e não uma ameaça e procuremos construir comunidades mais tolerantes, imbuídas desse ideal.








Dia Internacional para a Tolerância – 16 de Novembro

O Dia Internacional para a Tolerância foi instituído pela ONU como sendo o dia 16 de Novembro de cada ano, em reconhecimento à Declaração de Paris, assinada no dia 12 deste mês, em 1995, tendo 185 Estados como signatários. Foi instituído pela Resolução 51/95 da UNESCO.
A Declaração da ONU fez parte do evento sobre o esforço internacional do Ano das Nações Unidas para a Tolerância. Nela os estados participantes reafirmaram a "fé nos Direitos Humanos fundamentais" e ainda na dignidade e valor da pessoa humana, além de poupar sucessivas gerações das guerras por questões culturais, para tanto devendo ser incentivada a prática da tolerância, a convivência pacífica entre os povos vizinhos.
Foi então evocado o dia 16 de Novembro, quando da assinatura da constituição da UNESCO em 1945. Remetia, ainda, à Declaração Universal dos Direitos Humanos que afirma:
1. Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, consciência e religião (Artigo 18);
2. Todos têm direito à liberdade de opinião e expressão (Artigo 19)
3. A educação deve promover a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações, grupos raciais e religiosos (Artigo 26).


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Dia de São Martinho - 11 de Novembro

O homem das castanhas

Na Praça da Figueira,
ou no Jardim da Estrela,
num fogareiro aceso é que ele arde.
Ao canto do Outono,à esquina do Inverno,
o homem das castanhas é eterno.
Não tem eira nem beira, nem guarida,
e apregoa como um desafio.

É um cartucho pardo a sua vida,
e, se não mata a fome, mata o frio.
Um carro que se empurra,
um chapéu esburacado,
no peito uma castanha que não arde.
Tem a chuva nos olhos e tem o ar cansado
o homem que apregoa ao fim da tarde.
Ao pé dum candeeiro acaba o dia,
voz rouca com o travo da pobreza.
Apregoa pedaços de alegria,
e à noite vai dormir com a tristeza.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais calor p'ra casa.

A mágoa que transporta a miséria ambulante,
passeia na cidade o dia inteiro.
É como se empurrasse o Outono diante;
é como se empurrasse o nevoeiro.
Quem sabe a desventura do seu fado?
Quem olha para o homem das castanhas?
Nunca ninguém pensou que ali ao lado
ardem no fogareiro dores tamanhas.

Quem quer quentes e boas, quentinhas?
A estalarem cinzentas, na brasa.
Quem quer quentes e boas, quentinhas?
Quem compra leva mais amor p'ra casa.


letra de: Ary dos Santos

São Martinho


Magusto - S. Martinho

Em Portugal, o Outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro, Dia de São Martinho. Neste dia, um pouco por todo o país, assam-se castanhas, bebem-se vinho novo e água pé e, em alguns pontos do país, ainda há quem reuna familiares e amigos à volta de uma fogueira ao ar livre...
Mas poucos são aqueles que sabem qual o real significado do Dia de São Martinho, ou mesmo o que é o água pé...

Começando pela história de São Martinho, reza a lenda que, "num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso." É o chamado Verão de São Martinho!"


O costume do Magusto, que tradicionalmente começava no Dia de Todos-os-Santos, é simultaneamente uma comemoração da chegada do Outono e um ritual de origem religiosa: o dia do Santo Bispo de Tours (São Martinho) está historicamente associado à abertura e prova do vinho que foi feito em Setembro. O água pé é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, donde se retirava o pouco de mosto que aí se mantinha. Esta bebida pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool. Assim, diz o ditado popular "no dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho". No fundo, com o São Martinho e o Magusto comemora-se a proximidade da época natalícia, e mais uma vez, a sabedoria popular é esclarecedora: "dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal!"



Provérbios:

Dia de São Martinho, castanhas e vinho.
Dia de São Martinho, comem-se as castanhas e bebe-se o vinho.
Dia de São Martinho, prova o teu vinho.
A cada Bacorinho, vem seu S. Martinho.
Não há bacorinho sem seu S. Martinho.
No dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho.
No dia de S. Martinho, mata o teu porco e prova o teu vinho.
No dia de S. Martinho: lume, castanhas e vinho.
Pelo S. Martinho todo o mosto é bom vinho.
Pelo S. Martinho, deixa a água pró moinho.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Comemoração do "Halloween"




"Halloween"




Mais um ano se passou e a nossa escola, como aliás é habitual, não quis deixar passar esta data em branco.


Graças à colaboração e esforço de alguns alunos do 7ºA da professora Lígia Cerqueira têm estado expostos na Biblioteca os trabalhos criativos realizados por estes alunos na disciplina de Arte e Design. De salientar também os elementos decorativos que se puderam observar nas mesas e vidraças deste espaço e da sala dos professores com a preciosa colaboração da professora Zaida Correia e de alguns dos seus alunos.


Também a Área Disciplinar de Inglês-Alemão se associou a esta festividade tão vivenciada nos Estados Unidos e, hoje em dia, um pouco por todo o mundo. No pavilhão D poderão apreciar alguns trabalhos realizados por alunos do 7ºE da professora Karima Ismail.


Saudações fantasmagóricas, esperando assombrá-los de novo no próximo ano!!

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Concurso Nacional de Leitura 2010







Lista das obras seleccionadas

para a 1ª fase do Concurso ao nível de escolas


Ensino Básico:

História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, Luís Sepúlveda
Quem me dera ser onda, Manuel Rui Alves Monteiro
Rosa, minha irmã Rosa, Alice Vieira


Ensino Secundário:

As Pequenas Memórias
, José Saramago
O Velho que lia romances de amor, Luís Sepúlveda
A Solidão dos números primos, Paolo Giordano

Dia Internacional das Bibliotecas Escolares - 25 de Outubro de 2010




Desde 2008 que se comemora o Mês Internacional da Biblioteca Escolar em Outubro por decisão da IASL em Dezembro de 2007.
Em Portugal, o Dia Internacional da Biblioteca Escolar é celebrado, todos os anos, na última segunda-feira do mês de Outubro. Foi comemorado pela primeira vez a 18 de Outubro de 1999. Em Portugal o dia das Bibliotecas Escolares comemora-se, este ano, a 25 de Outubro.
A Biblioteca é o espaço da descoberta: descoberta de um livro que nos leva a aventuras inesperadas e nunca sonhadas; descoberta de um poema que nos diz tanto e respondeu aquele pensamento que bailava no nosso espírito desde “a semana passada”; descoberta de que afinal não estamos sós no mundo e de que há alguém que pensa como nós;

Descoberta ainda de que a Biblioteca escolar não existe só para ter livros mas é, também, o espaço de pesquisa, de realização de trabalhos individuais e em grupo; espaço que também tem Vídeos e DVDs; é ainda um espaço onde se podem encontrar CD Roms e melhor ainda, na Biblioteca escolar, também se podem encontrar exposições e ouvir conferências ou ainda ouvir poesia e música, conhecer escritores…

A Biblioteca Escolar é, assim, nos dias de hoje, muito mais do que um mero depósito de livros, é a possibilidade de aprender de uma forma diferente, é partir à Aventura do desconhecido.


Vem conhecer e utilizar a biblioteca da tua Escola!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Prémio Nobel da Literatura - 2010


O Prémio Nobel da Literatura 2010 foi atribuído ao escritor peruano Mario Vargas Llosa, "pela cartografia das estruturas de poder e pelas suas imagens mordazes da resistência, revolta e derrota dos indivíduos das suas obras".
Mario Vargas Llosa, de 74 anos (28 de Março de 1936), é considerado um dos mais influentes escritores da sua geração.
Líder político, ativista pelos direitos do homem, pela igualdade social e pela liberdade, manteve-se sempre fiel a uma luta contínua por um mundo melhor. Resistente como poucos, nunca baixou os braços perante qualquer regime.

Foi como jornalista que verdadeiramente iniciou a sua carreira nas letras. Estudou em Espanha e viveu muitos anos na Europa, tendo trabalhado em Paris e Londres. À docência universitária e à actividade literária acrescentou sempre um forte empenhamento social e político. Chegou a ser candidato à Presidência do Peru, mas sobretudo é uma voz que se faz ouvir sobre o curso do mundo, através das suas crónicas e intervenções públicas.
Conversa na Catedral é porventura o seu romance mais aclamado.
Mario Vargas Llosa acaba de lançar em Portugal o seu novo romance, O Paraíso na Outra Esquina, em que fala de duas personagens do século XIX, Flora Tristán, uma internacionalista e feminista avant la lettre e o seu neto, o pintor Paul Gauguin.

Vargas Llosa, que está em Manhattan, onde se encontra a lecionar na Universidade de Princeton, é o 103.º Prémio Nobel da Literatura, atribuído pela primeira vez em 1901.

Livros de Vargas Llosa publicados em Portugal

1. "A Guerra do Fim do Mundo" (Bertrand, 1984)
2. "História de Mayta" (D. Quixote, 1987)
3. "A cidade e os cães" (Europa-América, 1977/ Dom Quixote, 2002)
4. "Quem matou Palomino Molero?" (Dom Quixote, 1988)
5. "Elogio da madrasta" (Dom Quixote, 1989)
6. "O falador" (Dom Quixote, 1989)
7. "A tia Júlia e o escrevedor" (Dom Quixote, 1988)
8. "Pantaleão e as visitadoras" (Europa-América, 1975/ Dom Quixote. 2001)
9. "Conversa na catedral" (Europa-América, 1972/ Dom Quixote, 1997)
10. "Como peixe na água: memórias" (Dom Quixote, 1994)
11. "Lituma nos Andes" (Dom Quixote, 1994)
12. "A guerra do fim do mundo" (Círculo de Leitores, 1995)
13. "Cadernos de Dom Rigoberto" (Dom Quixote, 1998)
14. "Cartas a um jovem romancista" (Dom Quixote, 2000/ Círculo de Leitores, 1999)
15. "A festa do chibo" (Dom Quixote, 2001/ Círculo de Leitores, 2001)
16. "A casa verde" (Dom Quixote, 2002)
17. "O paraíso na outra esquina" (Dom Quixote, 2003)
18. "A tia Júlia e o escrevedor" (Dom Quixote, 2003)
19. "Travessuras da menina má" (Dom Quixote/ Círculo de Leitores, 2006)
20. "Israel Palestina: paz ou Guerra Santa" (Quasi, 2007)
21. "Diário do Iraque" (Quasi, 2007)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010


Comemorações do Centenário da República






Está a decorrer na Biblioteca uma exposição de trabalhos realizados pelos alunos em várias disciplinas no ano lectivo de 2009-2010 sobre o tema " Centenário da República".
Visita a Exposição.

domingo, 11 de julho de 2010

Matilde Rosa Araújo



Matilde Rosa Lopes de Araújo (Lisboa, 20 de Junho de 1921 - Lisboa, 6 de Julho de 2010) foi uma escritora portuguesa, especializada em literatura infantil.

Matilde Rosa Araújo nasceu em Lisboa, em 1921, tendo tirado a sua licenciatura em Faculdade de Letras, da Universidade Clássica de Lisboa, em 1945. Foi professora do Ensino Técnico-Profissional, e formadora de professores na Escola do Magistério Primário de Lisboa.

Foi autora de mais de 40 livros (contos e de poesia para adultos) e de mais de duas dezenas de livros de contos e poesia para crianças. Dedicou-se à defesa dos direitos das crianças através da publicação de livros e de intervenções em organismos com actividade nesta área, como a UNICEF em Portugal. O seu primeiro livro infantil, O Livro da Tila, foi escrito há mais de 50 anos.

Em 1980, recebeu o Grande Prémio de Literatura para Crianças, da Fundação Calouste Gulbenkian, e o prémio para para o melhor livro infantil, pela mesma fundação, em 1996, pelo seu trabalho Fadas Verdes (livro de poesias de 1994).

Matilde Rosa Araújo recebeu o grau de Grande-Oficial da Ordem do Infante D. Henrique e, em Maio de 2004, foi distinguida com o Prémio Carreira, da Sociedade Portuguesa de Autores.

Faleceu serenamente, em 6 de julho de 2010 na sua casa em Lisboa.

terça-feira, 22 de junho de 2010




José Saramago



José Saramago (Azinhaga, Golegã, 16 de Novembro de 1922 — Tías, Lanzarote, 18 de Junho de 2010) foi um escritor, argumentista, jornalista, dramaturgo, contista, romancista e poeta português.
José Saramago nasceu na vila de Azinhaga, no concelho da Golegã, de uma família de pais e avós agricultores. Seus pais emigraram para Lisboa quando ele ainda não perfizera três anos de idade. Fez estudos secundários (liceal e técnico) que não pôde continuar por dificuldades económicas. Demonstrou desde cedo interesse pelos estudos e pela cultura, sendo que esta curiosidade perante o Mundo o acompanhou até à morte. Formou-se numa escola técnica. O seu primeiro emprego foi de serralheiro mecânico. Fascinado pelos livros, visitava, à noite, com grande frequência, a Biblioteca Municipal Central — Palácio Galveias.
Publicou o seu primeiro livro, um romance ("Terra do Pecado"), em 1947, tendo estado depois sem publicar até 1966. Trabalhou durante doze anos numa editora, onde exerceu funções de direcção literária e de produção. Colaborou como crítico literário na Revista "Seara Nova".
Em 1972 e 1973 fez parte da redacção do Jornal "Diário de Lisboa" onde foi comentador político, tendo também coordenado, durante alguns meses, o suplemento cultural daquele vespertino. Pertenceu à primeira Direcção da Associação Portuguesa de Escritores. Entre Abril e Novembro de 1975 foi director-adjunto do "Diário de Notícias". Desde 1976 viveu exclusivamente do seu trabalho literário.
As marcas características do estilo Saramaguiano só apareceriam com Levantado do Chão (1980), livro no qual o autor retrata a vida de privações da população pobre do Alentejo.
Dois anos depois de Levantado do Chão (1982), surge o romance Memorial do Convento, livro que conquista definitivamente a atenção de leitores e críticos. Nele, Saramago misturou factos reais com personagens inventados: o rei D. João V e Bartolomeu de Gusmão, com a misteriosa Blimunda e o operário Baltazar, por exemplo. O contraste entre a opulenta aristocracia ociosa e o povo trabalhador e construtor da história servem de metáfora à medida da luta de classes marxista. A crítica brutal a uma Igreja ao serviço dos opressores inicia a exposição de uma tentativa de destruição do fenómeno religioso como devaneio humano construtor de guerras.
Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. O seu livro Ensaio Sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles.
Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, foi membro do Partido Comunista Português e foi director-adjunto do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu na ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias.

domingo, 20 de junho de 2010

Memorial do Convento, de Saramago

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Comemorações do Centenário da República
Entrega dos prémios do Concurso de Cartazes
" Comemoração do Centenário da República em Massamá"
Decorreu no dia 8 de Junho a sessão de entrega dos prémios e certificados de participação no Concurso de Cartazes "Comemoração do Centenário da República em Massamá", promovido pela Junta de Freguesia de Massamá e pelas escolas da freguesia.
Na sessão estiveram presentes o Presidente da Junta de Freguesia de Massamá, a vogal da JFM D. Lídia Ribeiro, o Presidente da Escola Secundária Stuart Carvalhais, a assessora da Direcção, professora Célia Loureiro, a Coordenadora da BE/CRE, a professora Isabel Vieira do Departamento de Artes e o professor Vitor Medinas da Escola EB2/3 Egas Moniz.

Foi atribuído o 1º prémio à aluna Ana Matos, do 12ºI
Foi atribuído um 2º prémio e 3 menções honrosas

Foram salientados o empenho, a criatividade dos alunos e a qualidade dos trabalhos dos participantes da turma I do 12º ano.

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Concurso Traduzir 2010
Realizou-se no dia 26 de Abril a Prova de Tradução do Concurso Traduzir 2010, tendo participado vários alunos do ensino secundário.


segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dia Mundial da Criança

1 de Junho

Poemas

Quando as crianças brincam
E eu as oiço brincar,
Qualquer coisa em minha alma
Começa a se alegrar.

E toda aquela infância
Que não tive me vem,
Numa onda de alegria
Que não foi de ninguém.

Se quem fui é enigma,
E quem serei visão,
Quem sou ao menos sinta
Isto no coração.

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"


Criança
Cabecinha boa de menino triste,

de menino triste que sofre sozinho,
que sozinho sofre, — e resiste,

Cabecinha boa de menino ausente,
que de sofrer tanto se fez pensativo,
e não sabe mais o que sente...

Cabecinha boa de menino mudo
que não teve nada, que não pediu nada,
pelo medo de perder tudo.

Cabecinha boa de menino santo
que do alto se inclina sobre a água do mundo
para mirar seu desencanto.

Para ver passar numa onda lenta e fria
a estrela perdida da felicidade
que soube que não possuiria.

Cecília Meireles, in 'Viagem'

Menino

No colo da mãe
a criança vai e vem
vem e vai
balança.
Nos olhos do pai
nos olhos da mãe
vem e vai
vai e vem
a esperança.

Ao sonhado
futuro
sorri a mãe
sorri o pai.
(...)

Balança
como o rimar
de um verso
de esperança.

Depois quando
com o tempo
a criança
vem crescendo
vai a esperança
minguando.
E ao acabar-se de vez
fica a exacta medida
da vida
de um português.

Criança
portuguesa
da esperança
na vida
faz certeza
conseguida.
Só nossa vontade
alcança
da esperança
humana realidade.

Manuel da Fonseca, in "Poemas para Adriano"

Criança desconhecida

Criança desconhecida e suja brincando à minha porta,
Não te pergunto se me trazes um recado dos símbolos.
Acho-te graça por nunca te ter visto antes,
E naturalmente se pudesses estar limpa eras outra criança,
Nem aqui vinhas.
Brinca na poeira, brinca!
Aprecio a tua presença só com os olhos.
Vale mais a pena ver uma cousa sempre pela primeira vez que conhecê-la,
Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez,
E nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar.
O modo como esta criança está suja é diferente do modo como as outras estão sujas.
Brinca! pegando numa pedra que te cabe na mão,
Sabes que te cabe na mão.
Qual é a filosofia que chega a uma certeza maior?
Nenhuma, e nenhuma pode vir brincar nunca à minha porta.

Alberto Caeiro

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Encontro com o escritor Sérgio Luís de Carvalho



No âmbito das Comemorações do Centenário da República e das actividades de promoção da leitura teve lugar, na tarde do dia 19 de Maio, na Biblioteca, o encontro com o escritor Sérgio Luís de Carvalho. O escritor falou-nos sobre a participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial - mostrando imagens esclarecedoras e revelando aspectos muito interessantes - e sobre a República de Sidónio Pais, temas abordados na sua obra “ O Destino do Capitão Blanc”. Participaram alunos do 9ºH, e alunos do 10ºK, 11ºI e 11ºJ, no âmbito das disciplinas de História e Português, que se mostraram entusiasmados e que colocaram perguntas ao escritor. No final houve sessão de autógrafos.

José Luís Peixoto na Stuart Carvalhais






José Luís Peixoto na Stuart Carvalhais

Realizou-se no dia 19 de Maio na Biblioteca o encontro com o escritor José Luís Peixoto, no âmbito da iniciativa “ Os Escritores vão à Escola”, promovida pela Divisão de Educação da Câmara Municipal de Sintra. O escritor falou-nos da sua obra e das temáticas abordadas, respondendo às várias questões colocadas pelos alunos das turmas 11ºC e 11ºJ. No final do encontro alguns alunos leram poemas e excertos de textos do autor, traduzidos nas línguas francesa, inglesa e alemã, trabalho que foi realizado anteriormente em sala de aula nas disciplinas de línguas estrangeiras.

segunda-feira, 17 de maio de 2010



Encontro com Escritores
19 de Maio




No âmbito do Plano Anual de Actividades da BE/CRE e do Departamento de Línguas, estarão presentes, no dia 19 de Maio, pelas 11h40m e 16h50m, respectivamente, os escritores José Luís Peixoto e Sérgio Luís de Carvalho para uma sessão que contará com a presença de alunos do ensino básico e secundário.

José Luís Peixoto
José Luís Peixoto nasceu em 1974 (Galveias, Ponte de Sor). Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas (Inglês e Alemão) pela Universidade Nova de Lisboa. Tem publicado poesia e prosa. Recebeu o Prémio Jovens Criadores (área de literatura) nos anos 97, 98 e 2000. Em 2001, o seu romance «Nenhum Olhar» recebeu o Prémio Literário José Saramago.
Está representado em diversas antologias de prosa e de poesia nacionais e estrangeiras. É colaborador de diversas publicações nacionais e estrangeiras. Em 2005, escreveu as peças de teatro «Anathema» (estreada no Theatre de la Bastille, Paris) e «À Manhã» (estreado no Teatro São Luiz, Lsboa).
Os seus romances estão publicados em França, Itália, Bulgária, Turquia, Finlândia, Holanda, Espanha, República Checa, Croácia, Bielo-Rússia e Brasil. Estando actualmente em preparação edições no Reino Unido, Hungria e Japão.

CAL reúne textos de natureza diversa (3 poemas, 17 contos, 1 peça de teatro), ancorados num espaço rural e na vivência e memória dos mais velhos. Aqui, a experiência da duração, da continuidade, funde-se com o sonho e com a loucura, num tempo fora do tempo. Como um «fio puríssimo de luz», uma «ausência presente» atravessa os gestos e as emoções destas figuras. Em cumplicidade com a morte, a vida torna-se mais límpida, talvez mais pura. A luz, como «treva visível» - força redentora das suas personagens -, é certamente um dos fios condutores de CAL.

quarta-feira, 12 de maio de 2010



O Destino do Capitão Blanc, de Sérgio Luís de Carvalho

Na 11ª hora do 11º dia do 11º mês do ano de 1918, a escassos minutos do fim da Primeira Guerra Mundial, tem lugar, no Nordeste de França, um dos mais estranhos e inexplicáveis massacres de todo o conflito. O capitão português Luís D'Orey Blanc é testemunha e, de algum modo, vítima desse massacre. Enviado meses antes a França pelo próprio Sidónio Pais, no que era suposto ser uma mera missão político-militar, Blanc depressa se vê envolvido numa espiral de morte, de ajuste de contas, de memórias e de arrebatadoras paixões que vão para sempre mudar a sua vida. Rigorosamente baseado em factos reais, este romance retrata a árdua vida nas trincheiras, as batalhas, as revoltas e o quotidiano dos homens em luta, bem como o sofrimento das mulheres e as esperanças perdidas de toda uma geração, entre a guerra e o amor.
Neste romance, o leitor acompanha cerca de quatro meses da vida da personagem Luís Blanc (se exceptuarmos as indicações sobre o seu passado, dadas por analepse), ocorridos entre o início de Agosto e o final de Novembro de 1918, em torno de uma missão para que o militar foi destacado na Flandres onde o Corpo Expedicionário Português (CEP) participava na guerra de trincheiras.
É curioso que o sentido de missão, bem como a história desta personagem, se vão alicerçar sobre o momento em que o CEP já perdera alguma da sua identidade.
É um romance de desgosto e de decepção, com um final difícil de prever, mesmo na história de amor em que os apelidos Blanc (dele) e White (dela) pareciam prognosticar um final feliz pela coincidência dos apelidos.
Profundo é o que fica da experiência de guerra. E vale a pena lembrar episódios como o da destruição em Mont Sec, o da associação entre os amotinados e os “cães lazarentos”, o da morte que espera um herói vestido com a “farda principal, cheia de alamares e de dourados, de dragonas e distinções” a pouco mais de uma hora do fim da guerra ou a reflexão sobre o que ficaria do que foi aquela experiência logo que um filho perguntasse a um dos combatentes algo como “pai, o que é que fizeste na Grande Guerra?”
É o absurdo da guerra.
Tudo passando neste romance, eivado de ironia, efeito que é muito ajudado pelos comentários entre parênteses que entremeiam alguns parágrafos, ora como extensões do narrador ou das personagens, ora suscitando no leitor a vontade de acompanhar a reflexão.

domingo, 9 de maio de 2010



Tratado de Lisboa
A Europa rumo ao século XXI
As decisões do Tratado


A Carta dos Direitos Fundamentais da UE

Dignidade
Artigos
Ex º Art2º “Ninguém pode ser condenado à morte, nem executado”


Solidariedade
Artigos
Exº Artº 33 “É assegurada a protecção da família nos planos jurídico, económico e social”


Liberdades
Artigos
Exº Artº 10 “Todas as pessoas têm direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião”

Cidadania
Artigos
Exº Artº 45 “Qualquer cidadão da União goza do direito de circular e permanecer livremente no território dos Estados-Membros”


Igualdade
Artigos
Exº Artº 20 “Todas as pessoas são iguais perante a lei”


Justiça
Artigos
Exº Artº 47 “Toda a pessoa cujos direitos e liberdades garantidos pelo direito da União tenham sido violados, tem direito a acção perante um tribunal”

domingo, 2 de maio de 2010

Poema - Dia da Mãe


Mãe


Olha, meu filho, quando, à aragem fria
dalgum torvo crepúsculo encontrares
uma árvore velhinha, em modo e em ares
de abandono e outonal melancolia,

não passes junto dela, nesse dia
e nessa hora de bençãos, sem parares;
não vás, sem longamente a contemplares:
vida cansada, trémula e sombria!

Já foi nova e floriu entre os esplendores:
talvez em derredor dos seus amores
inda haja filhos que lhe queiram bem...

Ama-a, respeita-a, ampara-a na velhice;
sorri-lhe com bondade e com meiguice:
-Lembre-te, ao vê-la, a tua própria Mãe!

António Correia de Oliveira ( 1879-1960)